O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido da defesa do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, preso sob acusação de envolvimento em um plano para anular as eleições de 2022 e atentar contra membros do STF e o presidente Lula. A defesa solicitava autorização para que o militar corrigisse provas de alunos de um curso preparatório para concursos do Exército, atividade que exercia antes da prisão.
Moraes justificou sua decisão com a alegação de que a solicitação não encontra amparo legal específico e é incompatível com o regime de custódia a que o tenente-coronel está submetido. Hélio Ferreira Lima está detido desde novembro do ano passado, acusado de participação em um esquema que visava até mesmo o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A defesa argumentava que o acesso ao material de correção não representaria riscos, pois não exigiria conexão à internet. No entanto, o ministro do STF considerou que, mesmo sem acesso à rede, a atividade seria incompatível com a condição de preso do tenente-coronel.
Durante a operação que culminou na prisão de Lima, as autoridades apreenderam um pen drive contendo o plano “Op Luneta”, que detalhava a estratégia para anular o resultado das eleições de 2022, além da prisão de ministros do Supremo Tribunal Federal. A gravidade das acusações pesou na decisão do ministro Moraes.
O tenente-coronel foi preso em 19 de novembro de 2024, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro. Segundo informações divulgadas à época, Lima teria solicitado à Polícia Federal permissão para vestir o uniforme do Exército, pedido que foi negado pelos agentes.
Fonte: http://www.metropoles.com