O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta terça-feira (9/9) o julgamento da Ação Penal nº 2.668, que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus por suposto planejamento de uma trama golpista para anular as eleições de 2022. A sessão foi marcada pela análise de questões preliminares, com o ministro Alexandre de Moraes no centro das atenções.
Moraes rejeitou o pedido de anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. O ministro argumentou que não identificou contradições nos depoimentos de Cid, afastando assim as alegações da defesa. Essa decisão é crucial para a continuidade do julgamento e o uso das informações fornecidas pelo delator.
“A PF resolveu fracionar os oito depoimentos porque eram oito fatos diversos: joias, vacinação (falsificação), tentativa de golpe. São oito depoimentos que poderiam estar num megadepoimento com oito capítulos. Os depoimentos não são contraditórios”, justificou Moraes, explicando a organização dos depoimentos e refutando as alegações de inconsistência.
Além de Bolsonaro e Mauro Cid, a lista de réus inclui nomes como Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Souza Braga Netto. Cada um deles é acusado de participação em diferentes aspectos da suposta trama golpista, desde a disseminação de notícias falsas até o planejamento de ações para anular o resultado das eleições.
Fonte: http://www.metropoles.com
