O Senado Federal funcionará em regime semipresencial nesta semana, conforme decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A medida, segundo apurado, atende a pedidos de senadores que alegaram compromissos em seus estados e a necessidade de acompanhar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF).
A determinação abrange tanto as sessões plenárias, que incluem votações importantes como a PEC dos Precatórios, o projeto que altera as regras de inelegibilidade e o PL do Devedor Contumaz, quanto as atividades das comissões temáticas. A mudança para o formato híbrido visa, portanto, conciliar as atividades legislativas com as atenções voltadas ao processo judicial que envolve o ex-presidente.
Bolsonaro e outros sete integrantes de seu antigo governo enfrentam acusações graves, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. As acusações, formalizadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), colocam em xeque o futuro político do ex-presidente.
O julgamento, com início previsto para terça-feira, será conduzido pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF. Após a apresentação do caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação.
Apesar do início nesta semana, o veredito não será imediato. O ministro Zanin reservou cinco sessões para o julgamento, estendendo-se até a sexta-feira, o que indica a complexidade e a importância do caso para o cenário político nacional.
Fonte: http://www.metropoles.com