As obras em andamento na Câmara dos Deputados, iniciadas durante o recesso parlamentar, geraram uma onda de reclamações por parte dos funcionários. Relatos obtidos pelo Metrópoles, sob condição de anonimato, apontam para um ambiente de trabalho insalubre, marcado por poeira, barulho constante e odores fortes de produtos químicos.
Em resposta às condições adversas, alguns setores, como o Departamento de Defesa Comercial e o Conselho de Ética, tiveram suas atividades presenciais suspensas temporariamente. Contudo, a medida não se estendeu a todos os trabalhadores, gerando descontentamento e questionamentos sobre a isonomia no tratamento.
Funcionários terceirizados, responsáveis por serviços essenciais como limpeza, segurança e atendimento, continuaram a trabalhar no local, mesmo diante dos transtornos. “A segurança e a limpeza são serviços indispensáveis para o funcionamento da Casa”, justificou a Câmara em nota, reconhecendo a essencialidade desses profissionais.
Entretanto, essa diferenciação de tratamento levanta questionamentos sobre a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos. Os trabalhadores terceirizados relatam que alguns colegas adoeceram e precisaram se afastar, enquanto outros apresentaram sintomas como rouquidão e coriza.
A Câmara dos Deputados alegou ter orientado os departamentos a solicitarem a dispensa de todos os funcionários, incluindo terceirizados, caso necessário. A administração também afirmou que vem realizando inspeções diárias e monitorando os níveis de ruído, garantindo que estejam dentro dos limites aceitáveis. A conclusão das obras no Anexo II está prevista para este domingo (3/8).
Fonte: http://www.metropoles.com