Apesar de ter sido eleita deputada federal pelo estado de São Paulo na eleição de 2022, os planos políticos de Rosângela Moro estão sendo traçados aqui no Paraná. E envolvem diretamente o marido dela, o senador Sergio Moro.
Uma boa fonte do Blog Politicamente conta que existem, por ora, dois planos: A e B. O primeiro deriva de uma eventual cassação do mandato de Moro na Justiça Eleitoral a partir do processo que hoje tramita no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE). Na convocação de eleição suplementar, Sergio Moro estaria disposto a correr o estado do Paraná para eleger a esposa como senadora — justamente no lugar dele.
O que se comenta nos bastidores do TRE do Paraná é que o processo contra o senador paranaense começará a ser julgado no mês de novembro, depois da eleição para a presidência da Corte de Contas, no final de outubro. E caso haja um revés, Rosângela é o plano A de Sérgio Moro. Será um grande teste para avaliar o potencial dele de transferência de votos.
O plano B parte da premissa que Sergio Moro passará ileso pela crivo da Justiça Eleitoral se mantendo, assim, senador da República. Neste caso, Rosângela Moro poderia figurar como uma opção para disputar a prefeitura de Curitiba em 2024. Não seria pelo União Brasil. Lá, o deputado estadual Ney Leprevost tem se anunciando como pré-candidato.
O destino de Rosângela Moro então, seria o Novo que já começou a assédio a família Moro para filiá-los ao partido. E a iminente ida de Deltan Dallagnol para lá pode ajudar na atração de ambos para para partido. Moro, porém, pontua a fonte, por ora só pensa no julgamento do TRE. E tem planos pessoais de disputar o Palácio do Iguaçu em 2026.
Sobre os planos A e B, a equipe jurídica de Moro já fez consultas à Justiça Eleitoral. Não haveria nenhum impedimento de Rosangela Moro, que é deputada federal por São Paulo, vir a disputar a eleição suplementar ao Senado. Ou seja, ela não precisaria renunciar ao mandato.
Obviamente que se a opção for a eleição da prefeitura de Curitiba aí sim Rosângela Moro teria que mudar o domicílio eleitoral para a cidade de Curitiba. Independentemente de qual plano político vai vingar, se o A ou B, fato é que vai representar um importante teste para Moro: a capacidade dele de transferência de voto e popularidade para terceiros. Mesmo que neste caso a terceira seja sua cônjuge. Em 2022 deu certo.