O cenário musical brasileiro se despede de um de seus maiores ícones. Hermeto Pascoal, multi-instrumentista genial, faleceu aos 89 anos, conforme comunicado emocionado de sua equipe nas redes sociais no último sábado (13/9). A notícia da perda do artista alagoano, reverenciado por sua inventividade e experimentação sonora, reverberou entre artistas e fãs, que lamentam a partida do mestre.
Em sua mensagem de despedida, a assessoria do músico compartilhou um ensinamento do próprio Hermeto, pedindo para que a tristeza não prevaleça, e que a música universal continue viva nos sons da natureza. “Escutemos o vento, o canto dos pássaros, o copo d’água, a cachoeira”, dizia o comunicado, refletindo a conexão profunda do artista com o universo sonoro que o cercava.
Artistas de diversas áreas expressaram seu pesar. O cantor Tiago Iorc, emocionado, declarou que o maestro “nunca foi deste plano”, descrevendo-o como alguém que sempre mostrou a imensidão da alma humana. O saxofonista americano Kamasi Washington também homenageou Hermeto, agradecendo pelos “belos sons” e reconhecendo sua vida e arte como uma inspiração.
O humorista Whindersson Nunes ressaltou que o legado de Hermeto Pascoal permanecerá vivo através de suas obras. Já o baixista Michael Pipoquinha o reverenciou como um “anjo dos sons”, um título que encapsula a essência da musicalidade única e transcendental do mestre. A causa da morte não foi divulgada, mas sabe-se que ele estava internado no Hospital Vitória, no Rio de Janeiro.
Hermeto Pascoal, que deixa seis filhos, 13 netos e 10 bisnetos, teve uma trajetória musical singular. Nascido em Lagoa da Canoa, Alagoas, em 1936, ele se destacou como um dos mais importantes nomes da música brasileira, com reconhecimento internacional e múltiplos prêmios Grammy Latino. No ano passado, aos 88 anos, lançou o álbum “Pra você, Ilza”, dedicado à sua esposa, com quem compartilhou mais de 40 anos de vida.
Fonte: http://www.metropoles.com
