MPMG pede bloqueio de R$ 3 milhões em bens de empresário que matou gari em BH; esposa também é alvo

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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) intensificou a busca por justiça no caso do assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, morto a tiros em Belo Horizonte. Nesta terça-feira (19/8), o órgão solicitou à Justiça o bloqueio de bens do empresário Renê da Silva Nogueira, de 47 anos, principal suspeito do crime. A medida visa garantir recursos para uma futura indenização à família da vítima.

O MPMG pede o bloqueio de até R$ 3 milhões, priorizando “dinheiro em espécie ou depositado em qualquer modalidade de instituição e aplicação financeira”. O pedido se estende à esposa de Renê, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira, considerando sua responsabilidade solidária por ser a proprietária da arma utilizada no homicídio.

A solicitação de bloqueio partiu inicialmente da defesa da vítima. O MPMG justificou a medida, afirmando que o padrão de vida do casal, evidenciado nas redes sociais, e suas carreiras profissionais “fazem presumir a capacidade financeira para arcar com uma vultuosa quantia indenizatória”, conforme consta no parecer enviado à Justiça.

O órgão ministerial expressou preocupação com a possibilidade de o casal desviar parte de seu patrimônio, dada a repercussão do caso. “O pedido leva em conta o risco de que, com a repercussão do caso na sociedade, o casal possa desviar parte do patrimônio, lesando o interesse legítimo dos familiares da vítima”, informa o documento.

Na mesma data, Renê da Silva Nogueira confessou o assassinato de Laudemir de Souza Fernandes, ocorrido em 11 de agosto, após uma discussão de trânsito. Anteriormente, o empresário negava qualquer envolvimento no crime. A confissão ocorreu durante depoimento no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

De acordo com a Polícia Civil, “o suspeito alegou que efetuou o disparo em razão de uma discussão de trânsito e que a sua esposa, servidora da PCMG, não tinha conhecimento de que ele havia se apoderado da arma particular da delegada, uma pistola calibre .380”.

Relembre o caso: A tragédia teve início quando Renê exigiu que o caminhão de lixo fosse retirado da via para a passagem de seu carro elétrico. Testemunhas relataram que havia espaço suficiente para a passagem do veículo. Após uma discussão com a motorista do caminhão, Renê teria descido do carro armado e atirado contra Laudemir, que veio a falecer no hospital devido a hemorragia interna.

Fonte: http://www.metropoles.com

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