A Justiça de Goiás condenou Pedro da Costa Mendes, de 29 anos, a mais de 20 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato do fazendeiro Jorge Alex Gonçalves Tozi, de 42 anos. O crime, que chocou a região de Campo Alegre de Goiás, ocorreu em junho de 2024 e teve como testemunhas a esposa e a filha de apenas 6 anos da vítima. A decisão do Tribunal do Júri de Ipameri foi divulgada na terça-feira (2/9), pouco mais de um ano após o trágico evento, e o réu não poderá recorrer da sentença em liberdade.
O crime ocorreu em uma propriedade rural na região da Soledade, quando Pedro da Costa Mendes surpreendeu Jorge Alex Gonçalves Tozi e o atingiu com disparos de arma de fogo. A cena de violência se desenrolou diante dos olhos da esposa e da filha do fazendeiro, que presenciaram o momento em que Jorge Alex foi morto nos braços da companheira. Segundo a sentença, o crime foi cometido com “brutalidade, covardia e crueldade”, características que pesaram na definição da pena.
As investigações policiais apontaram para a possibilidade de o crime ter sido motivado por vingança, ligada a dívidas financeiras. Embora o réu tenha confessado o assassinato, ele não forneceu detalhes sobre a motivação por trás do ato. No entanto, indícios apontam para questões financeiras, como ameaças recebidas pelo irmão da vítima, nas quais o autor mencionava a morte do fazendeiro e exigia o pagamento de dívidas sob ameaça à família.
O juiz Yvan Santana Ferreira, presidente do Tribunal do Júri, ressaltou a gravidade do crime ao destacar o motivo fútil e o recurso que dificultou a defesa da vítima. Ele mencionou o “tiro de confere” efetuado por Pedro contra Jorge, quando o fazendeiro já estava ferido e caído nos braços da esposa, demonstrando a frieza e a crueldade do assassino. A decisão também considerou os antecedentes criminais do réu e as consequências devastadoras para a família, que necessitou de acompanhamento psicológico.
A pena foi estabelecida levando em consideração a violência do ato, os antecedentes criminais do réu e os danos causados à família da vítima. A pena-base foi fixada em 18 anos e 9 meses, sendo posteriormente ajustada para 20 anos, 3 meses e 22 dias de reclusão em regime inicial fechado. De acordo com a denúncia do Ministério Público de Goiás (MP-GO), Pedro foi localizado escondido em uma casa abandonada na zona rural de Ipameri, onde a arma utilizada no crime foi apreendida. Ele foi preso e indiciado por homicídio qualificado.
Fonte: http://www.metropoles.com