Após ser preso injustamente e passar um ano e meio atrás das grades, Jonathan Santana Macedo receberá R$ 350 mil do estado de São Paulo a título de indenização por danos morais. A decisão da Justiça paulista busca reparar, ainda que parcialmente, o sofrimento causado pela falha do sistema.
A prisão de Jonathan ocorreu em 2020, sob a acusação de participação em roubos a residência e um roubo de carga. Vítimas dos crimes o reconheceram por fotos e, posteriormente, pessoalmente, apontando-o como um dos autores. A fragilidade da identificação, no entanto, logo se tornou evidente.
Na época com 30 anos, Jonathan trabalhava como chapeiro em uma lanchonete na Vila Mariana, no momento em que um dos crimes ocorreu. A distância entre o local de trabalho e o local do crime, cerca de 20 km, em Grajaú, levanta sérias dúvidas sobre a precisão do reconhecimento.
A prisão injusta de Jonathan teve um impacto devastador em sua vida familiar. Sua esposa estava grávida de dois meses de seu filho Éder quando ele foi preso. A criança nasceu enquanto o pai estava na cadeia e enfrentou sérios problemas de saúde, chegando a sofrer uma parada cardíaca que o deixou em estado vegetativo.
Segundo o Tribunal de Justiça, o caso apresenta “indícios de irregularidade na conduta dos agentes que atuaram no caso de Jonathan”. A decisão judicial representa um importante passo para responsabilizar o Estado por erros que resultam em prisões injustas e sofrimento irreparável.
Fonte: http://www.metropoles.com