Indústria Nacional: Preços em Declínio Pelo Sexto Mês Consecutivo, Aponta IBGE

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Os preços praticados pela indústria brasileira registraram uma queda de 0,30% em julho, em comparação com junho. Este recuo marca o sexto mês consecutivo de variações negativas, interrompendo um ciclo de 12 meses de resultados positivos que se estendeu de fevereiro de 2024 a janeiro deste ano. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5/9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através do Índice de Preços ao Produtor (IPP).

Em julho de 2024, a variação mensal do IPP foi de 1,53%. Nos últimos 12 meses, o índice acumula uma alta de 1,36%, enquanto o acumulado do ano apresenta um resultado negativo de -3,42%. A análise do IPP revela tendências inflacionárias de curto prazo no país, ao monitorar a variação média dos preços de produtos “na porta da fábrica”, ou seja, sem impostos e frete, abrangendo 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

De acordo com o IBGE, a pesquisa para elaboração do índice envolveu o acompanhamento de mais de 2.100 empresas, com a coleta mensal de cerca de 6 mil preços, isentos de impostos, tarifas e fretes, conforme as práticas comerciais mais comuns. Em julho, 12 das 24 atividades industriais apresentaram variações negativas de preço em relação ao mês anterior, um cenário similar ao de junho, quando 14 atividades registraram menores preços médios em comparação com maio.

Murilo Alvim, gerente do IPP, observou que a queda do índice em julho foi menos acentuada do que a observada em junho. Ele ressaltou que há um equilíbrio entre quedas e altas de preços nas atividades pesquisadas. “Ao observar as atividades pesquisadas, há um equilíbrio entre quedas e altas de preços”, afirmou Alvim, destacando a complexidade do cenário industrial.

Os setores industriais que mais influenciaram o resultado de julho foram alimentos (-0,33 ponto), metalurgia (-0,11 ponto), indústrias extrativas (0,10 ponto) e fabricação de máquinas e equipamentos (0,06 ponto). Alvim enfatizou que o desempenho negativo do setor de alimentos foi o principal responsável pelo IPP negativo em julho. “Excluindo os alimentos, as demais atividades tiveram, somadas, uma influência positiva, de 0,03 ponto, ou seja, grande parte dos motivos para o IPP permanecer no campo negativo em julho vem da queda dos alimentos”, concluiu.

Fonte: http://www.metropoles.com

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