Uma mulher de 48 anos foi presa preventivamente em Piracanjuba (GO), sob a acusação de receber dinheiro para proteger o marido, investigado por abusar sexualmente de sua enteada de 14 anos. A prisão, efetuada na sexta-feira (8/8), choca a comunidade local e levanta sérias questões sobre a proteção de menores. O caso está sendo acompanhado de perto pela Polícia Civil de Goiás (PCGO).
De acordo com as investigações, os abusos teriam ocorrido em abril de 2025, em pelo menos duas ocasiões. O padrasto, além de cometer os abusos, teria ameaçado a adolescente de morte caso ela denunciasse os crimes. O silêncio da mãe, agora sob custódia, agrava ainda mais a situação.
A Polícia Civil apurou que a mãe da vítima mentiu durante o interrogatório, negando ter recebido qualquer quantia para acobertar o marido. No entanto, as evidências apontam que ela recebeu um valor significativo do investigado para se manter em silêncio e garantir que os abusos não fossem denunciados às autoridades.
“Ela confessou que sabia dos abusos, mas optou por não denunciar”, informou um dos investigadores do caso, que preferiu não se identificar. Diante da gravidade dos fatos, a Justiça decretou a prisão preventiva da mulher, que responderá pelo crime de estupro na modalidade de omissão imprópria. Esta modalidade se configura quando há o dever legal de denunciar um crime, mas o indivíduo escolhe se omitir, como neste caso.
O caso de Piracanjuba se junta a outros crimes hediondos que envolvem abuso sexual e a conivência de familiares. As autoridades reforçam a importância de denunciar qualquer suspeita de abuso e garantem que as vítimas terão todo o apoio necessário para superar o trauma e buscar justiça.
Fonte: http://www.metropoles.com