Dinamarca Inova: IA Liberada em Testes de Inglês, Combate à ‘Cola Digital’ na Escrita

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Em uma iniciativa pioneira, a Dinamarca permitirá o uso de inteligência artificial (IA) em provas orais de inglês do ensino médio. A medida, de caráter experimental, visa preparar os estudantes para um mundo cada vez mais digitalizado, conforme anunciado pelo Ministério da Educação do país. O projeto terá início já no próximo ano, com adesão voluntária das escolas, cujo prazo de inscrição será divulgado em setembro.

Durante a prova, os alunos terão uma hora para se preparar utilizando qualquer recurso disponível, inclusive ferramentas de IA generativa. O objetivo, segundo o ministro da Educação, Mattias Tesfaye, é “equilibrar o aprendizado digital e o analógico”, preparando os jovens para a realidade pós-escolar. A Dinamarca busca, assim, adaptar a educação às novas tecnologias sem abandonar as habilidades tradicionais.

Em contrapartida, a parte escrita do exame passará por mudanças significativas. Para evitar o que se convencionou chamar de ‘cola digital’ e estimular a expressão linguística dos alunos, parte da prova deverá ser escrita à mão, sem o auxílio de computadores. Essa abordagem equilibrada reflete a preocupação em garantir que os estudantes desenvolvam tanto habilidades digitais quanto a capacidade de se expressar de forma autêntica.

A Dinamarca não está sozinha nessa jornada de integração da IA na educação. Na Finlândia, por exemplo, plataformas de IA já são amplamente utilizadas no ensino de matemática e outras disciplinas que envolvem cálculos, personalizando o aprendizado e fornecendo dados em tempo real aos professores.

Além da inovação tecnológica, a Dinamarca também busca fortalecer a cultura e o hábito da leitura. Recentemente, o Ministério da Cultura anunciou a eliminação do imposto sobre livros, atualmente em 25%, a taxa mais alta da Europa. O ministro Jakob Engel-Schmidt justificou a medida como uma resposta à crescente crise de leitura entre os jovens, buscando incentivar o redescobrimento do prazer de ler em um mundo cada vez mais dominado por telas.

Fonte: http://www.metropoles.com

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