CPMI do INSS: Presidente Alerta Jornalistas Sobre Divulgação de Dados Sigilosos e Ações São Vistas Como Censura

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) teve sua sessão de abertura marcada por um alerta do presidente, senador Carlos Viana (Podemos-MG), aos jornalistas presentes. Viana advertiu sobre a divulgação de informações sigilosas, como números de telefone e documentos sob proteção legal, sob pena de suspensão da credencial dos veículos de comunicação. A atitude gerou debate sobre liberdade de imprensa e limites da atuação jornalística em investigações parlamentares.

O senador Carlos Viana justificou a medida como uma forma de proteger a privacidade dos parlamentares e garantir o bom funcionamento da comissão. “Quero fazer um alerta aos senhores jornalistas que cobrem a CPMI de que toda e qualquer informação particular dos parlamentares […] está preservada por sigilo de lei”, afirmou o senador, defendendo o respeito à liberdade de trabalho dos membros da comissão.

A situação ecoa um caso similar na CPMI dos atos golpistas de 8 de janeiro, onde o presidente, deputado federal Arthur Maia (União-BA), impôs restrições ao trabalho da imprensa. As medidas incluíam a proibição de capturar imagens de conteúdo privado e divulgar informações confidenciais sem autorização, sob risco de sanções civis e penais.

Diante das restrições impostas, entidades representativas da imprensa se manifestaram. O Sindicato de Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) emitiram nota classificando as medidas como censura. “Não cabe a uma autoridade do colegiado definir qual jornalista ou fotógrafo pode ou não cobrir uma sessão […] ou o que pode o não reportar à sociedade”, dizia a nota, apelando pela revisão das decisões.

Fonte: http://www.metropoles.com

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