Clima Tensa CPMI do INSS: Deputados Trocam Gritos e Acusações Durante Depoimento de Lupi

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS foi palco de um acalorado confronto entre o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e o deputado federal Rogério Correia (PT-MG) nesta segunda-feira (8/9). O incidente interrompeu a sessão por alguns minutos, enquanto o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT), prestava depoimento sobre o escândalo das fraudes no INSS.

O bate-boca teve início durante o questionamento do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) a Lupi sobre a renovação de contratos com entidades responsáveis por descontos em folha de aposentados. A recusa de Lupi em responder diretamente sobre sua responsabilidade nas portarias assinadas gerou indignação na oposição e acendeu a discussão.

No auge da tensão, Correia gritou “Bolsonaro vai para a cadeia”, provocando a reação imediata de Sóstenes, que exigiu respeito ao ex-presidente. A troca de insultos escalou rapidamente, com gritos de “O PT sentiu” vindos de membros da oposição, enquanto outros parlamentares ironizavam a situação com frases como “vai beijar! vai beijar!” e “desliga o microfone!”.

Apesar do tumulto, o presidente da CPMI, Carlos Viana (Cidadania), optou por não suspender a sessão, aguardando que os ânimos se acalmassem. Van Hattem retomou a palavra, acusando Lupi de “mentir” sobre a dimensão da fraude e de ter “prevaricado”, mencionando uma entrevista do ex-ministro ao Metrópoles no início de 2024.

O escândalo do INSS, revelado em uma série de reportagens do Metrópoles a partir de dezembro de 2023, expôs um esquema de fraudes que desviou cerca de R$ 2 bilhões das aposentadorias em um ano. As denúncias levaram à abertura de investigações pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU), culminando com a Operação Sem Desconto e a demissão de Lupi do Ministério da Previdência.

Após a discussão, a sessão foi brevemente interrompida para que Lupi se consultasse com seu advogado. Em seguida, o ex-ministro concordou em responder aos questionamentos de Van Hattem, afirmando que “ninguém pode ser responsabilizado por atos de terceiros”. A CPMI do INSS continua a gerar debates acalorados e revelações impactantes sobre o esquema de fraudes que lesou milhares de aposentados.

Fonte: http://www.metropoles.com

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