Base de Lula Dividida: Suplentes de Ministros Votam pela Urgência da Anistia do 8 de Janeiro

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Em revés para o governo, suplentes de ministros do presidente Lula (PT) engrossaram o coro pela aprovação da urgência do projeto de lei que anistia envolvidos nos atos de 8 de Janeiro. A votação, realizada na quarta-feira (17/9), alcançou 311 votos favoráveis, demonstrando uma divisão na base governista e acendendo o debate sobre o futuro da proposta.

Três suplentes de ministros do Centrão se destacaram ao apoiar a tramitação acelerada do projeto. Allan Garcês (PP-MA), substituto do ministro do Esporte, André Fufuca; Pastor Claudio Mariano (União-PA), suplente do ministro do Turismo, Celso Sabino; e Ossesio Silva (Republicanos-PE), que ocupa a vaga de Silvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, votaram a favor da urgência. Essa movimentação contrasta com os esforços da articulação governamental.

Segundo informações divulgadas pela coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR), havia solicitado aos ministros do Centrão que mobilizassem suas bases para barrar o avanço do projeto de anistia. Em reunião na véspera da votação, Gleisi pediu empenho dos colegas para desmobilizar o apoio à matéria.

A situação de Celso Sabino e André Fufuca se torna ainda mais delicada com o recente anúncio do rompimento da federação União Brasil e PP com o governo Lula. As siglas estabeleceram um prazo para que seus filiados deixem cargos no Executivo, sob risco de expulsão, criando um clima de incerteza sobre a permanência dos ministros no governo.

O projeto de lei, proposto pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), anistia manifestantes com motivação política ou eleitoral entre 30 de outubro de 2022 e a data de entrada em vigor da lei. Embora exclua Jair Bolsonaro e outros condenados pela tentativa de golpe, o texto pode beneficiar diversos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, além de prever o perdão de medidas restritivas à liberdade de expressão e manifestação.

Fonte: http://www.metropoles.com

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