Um homem foi identificado e multado pelo Ibama após perseguir um elefante-marinho-do-sul que descansava em uma praia de Araranguá, Santa Catarina. A ação irresponsável, flagrada em vídeos que viralizaram nas redes sociais, gerou indignação e mobilizou as autoridades ambientais. O caso agora segue para a esfera criminal, com o infrator arcando com as consequências de seus atos.
Além de responder criminalmente pela perturbação ao animal, o homem terá que pagar uma multa de R$ 7,5 mil. A penalidade é dividida em R$ 5 mil pela perseguição de um espécime da fauna silvestre em rota migratória e R$ 2,5 mil por molestar intencionalmente um pinípede, conforme estabelecido pelo Decreto 6.514/2008. A legislação ambiental brasileira é rigorosa na proteção da fauna, especialmente em relação a espécies vulneráveis.
As imagens mostram o indivíduo se aproximando do mamífero marinho durante a noite, utilizando luzes fortes e emitindo som alto. Essa perturbação fez com que o elefante-marinho buscasse refúgio no mar, interrompendo seu período de descanso. Em outro vídeo, atribuído ao mesmo homem, ele aparece dirigindo uma moto próximo ao animal horas antes, demonstrando um comportamento persistente de importunação.
Antes do incidente, o elefante-marinho estava sendo monitorado pela ONG Educamar, que avaliou suas condições físicas como boas. “Esses animais chegam aqui cansados, buscando águas quentes e banhos de sol, para se recompor e depois continuar sua jornada”, explica Leandro Aranha, analista ambiental do Ibama, ressaltando a importância de não perturbar esses animais em seu período de descanso.
O aparecimento de elefantes-marinhos em praias brasileiras, especialmente na região Sul, tem se tornado cada vez mais comum. A espécie, originária da Patagônia Argentina e região circumpolar, busca as praias para descansar e recuperar energias. Em outubro de 2024, inclusive, foi registrado o primeiro nascimento de um elefante-marinho-do-sul no Brasil, um marco para a conservação da espécie.
Diante da crescente ocorrência desses animais em nosso litoral, é crucial que a população saiba como agir. Ao se deparar com um elefante-marinho, é fundamental manter distância, evitar barulhos e não perturbá-lo de forma alguma. Caso o animal apresente sinais de ferimentos ou comportamento incomum, as autoridades ambientais devem ser acionadas imediatamente para prestar o auxílio necessário.
Fonte: http://www.metropoles.com