O advogado americano Martin De Luca, que representa a Trump Media e a plataforma Rumble, lançou duras críticas ao governo Lula, acusando-o de promover uma campanha de censura contra o pastor Silas Malafaia. A denúncia foi feita através de uma publicação no X (antigo Twitter) neste domingo (31/08), escalando a tensão entre figuras influentes da direita internacional e o governo brasileiro.
De Luca argumenta que, em vez de responder às críticas de Malafaia sobre suposta censura, o governo estaria utilizando o aparato fiscal para intimidar o líder religioso. “Um pastor se manifesta veementemente contra Lula e Moraes e, em vez de responder às críticas, o governo brasileiro envia uma notificação judicial à igreja do pastor por violações fiscais. Uma guerra jurídica clássica, repetidas vezes”, escreveu o advogado. Ele ainda sugere que o governo deveria abordar as alegações de censura em vez de recorrer a medidas que classifica como repressão.
A crítica de De Luca surge em meio à divulgação de que a Assembleia de Deus Vitória em Cristo, igreja liderada por Malafaia, foi autuada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em abril deste ano. A autuação ocorreu devido ao não recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 423 funcionários, conforme documentos obtidos pelo Metrópoles. O MTE também identificou outras irregularidades, como a falta de pagamento da multa de 40% do FGTS a trabalhadores demitidos sem justa causa.
Em resposta às acusações, Silas Malafaia admitiu ter atrasado o pagamento das multas administrativas, mas alegou que os autos de infração foram arquivados. “Só porque atrasei um mês, eles vieram atrás de mim. Um mês! Querendo dar multa, coisa e tal. Ai, meu Deus do Céu, me ajuda!”, declarou o pastor, minimizando a situação. Ele também informou que negociou o parcelamento dos valores e que está contestando judicialmente outra cobrança.
A situação fiscal de Malafaia é mais complexa, com um levantamento da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) apontando que o pastor acumula mais de R$ 17 milhões em dívidas ativas com a União, que estão sendo cobradas judicialmente. Além disso, a Assembleia de Deus Vitória em Cristo também possui débitos com a União, dos quais cerca de R$ 4 milhões foram renegociados e estão sendo pagos de forma parcelada, revelando um histórico de pendências financeiras com o governo.
Fonte: http://www.metropoles.com