O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, recebeu a aprovação do visto americano para participar da Assembleia-Geral das Nações Unidas em Nova York. A confirmação permite que ele se junte à comitiva liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um momento crucial para a diplomacia brasileira.
A aprovação do visto ocorre em um período de sensibilidade nas relações entre Brasil e Estados Unidos, especialmente após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A viagem de Lewandowski ganha, portanto, um significado adicional no contexto político atual.
Anteriormente, o visto de Lewandowski havia sido suspenso, assim como o do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, gerando preocupações sobre restrições de entrada de autoridades brasileiras nos EUA. A revogação dos vistos, inclusive, chegou a ser atribuída a uma ação do governo Trump.
O governo Lula apresentou uma Medida Provisória (MP) para mitigar os impactos das tarifas americanas sobre as exportações brasileiras. A MP, batizada de Plano Brasil Soberano, prevê ações de apoio aos pequenos exportadores, incluindo linhas de crédito subsidiadas e a ampliação de programas como o Reintegra.
O presidente Lula terá uma agenda intensa em Nova York, com reuniões bilaterais e debates sobre temas cruciais como democracia, meio ambiente e a situação no Oriente Médio. A presença de Lewandowski na comitiva reforça o compromisso do governo brasileiro com a agenda multilateral na ONU. “O Brasil tradicionalmente abre a Assembleia Geral, seguido pelos Estados Unidos, e este ano não será diferente”, ressaltam fontes do Planalto.
A Assembleia Geral deste ano marca o 80º aniversário da ONU, criada em 1945. Com 193 estados membros e dois observadores, a organização desempenha um papel fundamental na promoção da paz e da cooperação internacional. A participação de Lula e Lewandowski é vista como crucial para fortalecer a posição do Brasil no cenário global.
Fonte: http://www.metropoles.com
