Após Condenação de Bolsonaro, Pressão por Anistia Aumenta e Governo Lula Articula Defesa no Congresso

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A recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro reacendeu o debate sobre a anistia para envolvidos nos eventos de 8 de janeiro. A oposição intensificou a pressão no Congresso Nacional para a aprovação de um projeto de lei (PL) que beneficiaria os acusados. Em resposta, o governo Lula se mobiliza para impedir o avanço da proposta, que ganha força com o apoio de figuras como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

O governo, no entanto, demonstra confiança em barrar a iniciativa. Aliados de Lula minimizam o impacto da ofensiva oposicionista e apostam que, mesmo que aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta enfrentará forte resistência no Senado. A estratégia do governo é clara: derrotar o projeto no voto e encerrar definitivamente a discussão, visando evitar a polarização do debate político em um momento pré-eleitoral.

Paralelamente, o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante, busca incluir a anistia na pauta da próxima reunião de líderes da Câmara, com o objetivo de acelerar a tramitação do projeto. Contudo, o presidente da Câmara, Hugo Motta, demonstra resistência à ideia. No Senado, o presidente Davi Alcolumbre se posiciona contrário à anistia e trabalha em uma proposta alternativa, evidenciando a complexidade do cenário.

Diante do acirramento das discussões, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, convocou ministros para fortalecer a articulação com as bases e barrar o avanço da pauta. “O objetivo do governo é derrubar o projeto para encerrar de vez a discussão, antes das eleições de 2026”, conforme reportado pelo Metrópoles, demonstrando a prioridade em evitar que o tema domine o debate público.

Em contrapartida, o governo busca avançar com pautas prioritárias no Congresso, como a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil. O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) acredita que a pressão pela anistia não deve prejudicar a tramitação de outras matérias. “Nós não achamos que isso vai atrapalhar, não. Pelo contrário, acho que esse assunto da anistia é, hoje, assunto da extrema direita”, ressaltou o parlamentar.

Fonte: http://www.metropoles.com

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