O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), foi alvo de críticas do líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), após seu discurso na manifestação de 7 de Setembro na Avenida Paulista. Farias acusou Tarcísio de agir como “advogado de Bolsonaro”, em vez de como governador, em decorrência de suas declarações durante o evento.
No centro da controvérsia está a fala de Tarcísio sobre o ministro do STF Alexandre de Moraes, a quem se referiu como “tirano”. “Por que vocês estão gritando isso [fora, Moraes]? Talvez porque ninguém aguenta mais a tirania do ministro Moraes”, questionou o governador durante o ato, inflamando a plateia presente.
Lindbergh Farias utilizou a rede social X (antigo Twitter) para expressar sua indignação, classificando a fala de Tarcísio como um “ataque frontal” ao STF. Ele ainda sugeriu que a atitude do governador pode configurar “coação no curso do processo, por tentativa de intimidar o ministro relator no meio do julgamento de Jair Bolsonaro e demais golpistas”.
O líder petista também criticou a defesa de anistia para os envolvidos em tentativas de golpe, afirmando: “Quem ataca ministros e defende anistia para conspiradores não luta por liberdade: legitima o crime, sabota a Justiça e abre caminho para novos atentados contra a democracia”. As declarações de Tarcísio reacenderam o debate sobre a relação entre o governador e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Tarcísio, por sua vez, defendeu Bolsonaro, alegando que não há provas contra ele no julgamento por tentativa de golpe de Estado. O governador, considerado um afilhado político do ex-presidente, chegou a afirmar que o julgamento está “maculado” e que “a anistia tem que ser ampla”, intensificando a polarização política em torno do caso.
Fonte: http://www.metropoles.com