Julgamento da Trama Golpista: Anderson Torres Solicita Uso de Slides ao STF

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A defesa do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, busca permissão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para empregar recursos audiovisuais durante sua sustentação oral no julgamento sobre a alegada trama golpista. O julgamento, que tem gerado grande expectativa, tem sua primeira sessão agendada para esta terça-feira, 2 de setembro.

O pedido de Torres segue uma solicitação similar feita pelo general Augusto Heleno, também réu no processo. Moraes deferiu o pedido de Heleno no último domingo (31/8), demonstrando uma abertura do STF para o uso de ferramentas visuais nas defesas. A defesa de Torres deverá apresentar o material pretendido para análise do STF até as 15h da próxima segunda-feira (1º/9).

O ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, já reservou datas específicas para as sessões extraordinárias do julgamento. Os dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro de 2025 estão reservados, com horários definidos das 9h às 12h para as manhãs, e das 14h às 19h para algumas tardes. Este planejamento detalhado demonstra a importância e a complexidade do caso.

A primeira semana de julgamento terá início com a abertura da sessão por Zanin, seguida pela leitura do relatório do caso pelo relator, ministro Alexandre de Moraes. Este relatório funcionará como um resumo conciso dos principais pontos da Ação Penal nº 2.668. Logo após, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, terá até duas horas para apresentar a acusação formal da PGR.

Após a exposição da acusação, será concedido espaço para as sustentações orais dos advogados dos oito réus. Cada advogado terá o tempo máximo de uma hora para apresentar a defesa de seu cliente perante os ministros da Primeira Turma do STF. A expectativa é que a primeira semana de julgamento se conclua com estas apresentações, reservando o voto do relator Moraes para a sessão do dia 9 de setembro.

Entre os réus no chamado “núcleo crucial” da trama, encontram-se figuras como Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Jair Bolsonaro, e Mauro Cid, além do próprio Anderson Torres. Eles enfrentam acusações que variam entre tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e participação em organização criminosa armada, entre outros crimes.

Fonte: http://www.metropoles.com

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