CPMI do INSS: Presidente descarta convocação do irmão de Lula, Frei Chico, em meio a investigações de fraudes bilionárias

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga desvios bilionários no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) não tem planos de convocar o sindicalista Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi confirmada pelo presidente da CPMI, Carlos Viana (Podemos-MG), que ressaltou que o colegiado focará em convocar indivíduos com envolvimento direto nas fraudes. A decisão ocorre em meio a debates e articulações entre governo e oposição sobre os rumos da investigação.

José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, ocupa o cargo de vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical (Sindnapi). Investigações da Polícia Federal apontam que a entidade arrecadou R$ 259 milhões em descontos considerados ilegais. A possível convocação de Frei Chico era defendida pela oposição ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi descartada por Viana, visto que ele não é alvo direto das operações da PF.

“Não há previsão ainda de convites de outros nomes, desde que isso foi acertado com o relator, estou acertando com a oposição e com o governo”, explicou Viana. “Nós só faremos convites a pessoas que tenham configurada a sua execução de dados ou beneficiamento em qualquer um dos casos. Enquanto nós não tivermos certeza de que houve participação, nós não faremos convocações, especialmente em âmbito político”, completou o presidente da CPMI.

No primeiro dia de trabalhos, a CPMI aprovou 36 requerimentos, incluindo convites a todos os ministros da Previdência dos últimos 10 anos e a convocação de figuras como Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, suspeito de ser um dos beneficiários do esquema. A aprovação dos convites foi resultado de um acordo entre os líderes da base governista e da oposição.

Inicialmente, o relator Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) desejava a convocação dos ministros, o que implicaria na obrigatoriedade de comparecimento. No entanto, após diálogo, as convocações foram convertidas em convites, tornando a presença não obrigatória. A CPMI também convocou os presidentes do INSS, diretores de benefícios e do Dataprev desde 2015, além de planejar a convocação de dirigentes de entidades investigadas, cujos nomes ainda não foram divulgados.

Fonte: http://www.metropoles.com

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