As contas externas do Brasil apresentaram um déficit de US$7,1 bilhões em julho, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). O resultado, consideravelmente superior ao déficit de US$5,2 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior, intensifica as preocupações sobre a saúde financeira do país no cenário global.
A divulgação dos números faz parte do relatório mensal de estatísticas do setor externo, um documento crucial para o acompanhamento das movimentações financeiras que impactam a economia brasileira. O Banco Central utiliza diversos indicadores para calcular o saldo das transações correntes, incluindo a balança comercial, serviços e a remessa de renda para o exterior.
No acumulado dos últimos 12 meses, o déficit nas transações correntes atingiu US$75,3 bilhões, um aumento expressivo em relação aos US$30,7 bilhões registrados no mesmo período de 2024. Essa diferença acentuada demonstra que o país tem gastado significativamente mais recursos do que recebe do exterior.
Apesar do cenário desafiador, o relatório do Banco Central apontou um aumento nos investimentos estrangeiros diretos (IDP) no país, que totalizaram US$8,3 bilhões em julho, superando os US$7,2 bilhões do ano anterior. Esse fluxo de capital estrangeiro pode ser um alívio parcial para a pressão sobre as contas externas.
Adicionalmente, as reservas internacionais do Brasil registraram um aumento de US$671 milhões entre junho e julho, atingindo um estoque de US$345,1 bilhões. Segundo o Banco Central, esse montante visa proteger o país contra possíveis crises externas, garantindo uma maior estabilidade financeira em momentos de turbulência global.
Fonte: http://www.metropoles.com
