O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, elevou o tom em defesa da soberania nacional, afirmando que o Brasil não se sujeitará a ser tratado como dependência de outras nações. A declaração incisiva foi proferida durante a sessão que elegeu a nova Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), demonstrando a preocupação do governo com o cenário geopolítico atual.
Em sua participação remota na reunião, Haddad enfatizou que o país possui a envergadura necessária para garantir sua autonomia, sem, contudo, isolar-se do diálogo com outros países. “Estamos diante de um desafio geopolítico. O Brasil não pode servir de quintal de ninguém. Temos tamanho, densidade e importância para manter e garantir a nossa soberania”, declarou o ministro, sinalizando uma postura firme em negociações internacionais.
Haddad também abordou a relação com os Estados Unidos, pontuando que o Brasil preza pela parceria, mas não aceitará imposições que prejudiquem os interesses nacionais. Ele citou o aumento de tarifas promovido pelo governo Trump como um exemplo de condição inaceitável, ressaltando que, historicamente, o Brasil manteve boas relações com diferentes administrações americanas, independentemente de sua orientação política.
A eleição da nova Executiva Nacional do PT também foi destaque. O partido passará a ser liderado por Edinho Silva, ex-ministro e ex-prefeito de Araraquara, que obteve apoio de Lula. A expectativa é que a nova gestão busque ampliar o diálogo com diferentes setores da sociedade, visando às eleições presidenciais de 2026.
Entre os nomes já definidos para compor a Executiva, destaca-se Gleide Andrade, próxima à ministra Gleisi Hoffmann, que deve permanecer na Secretaria de Finanças. A nova composição reflete a força da corrente Construindo um Novo Brasil (CNB) dentro do partido e sinaliza possíveis mudanças na estratégia política do PT.
Fonte: http://www.metropoles.com
