VÍDEO: “Gang do óleo usado” segue agindo e deixa mais vítimas em Curitiba, alerta Abrabar

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Entidade tem denunciado desde 2019 ação de quadrilhas especializadas neste tipo de delito; Valor alto do produto no mercado paralelo é atrativo para os marginais

A “gang do óleo usado” segue agindo e deixando mais vítimas em Curitiba alertou nesta quarta-feira (20) a Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar). O produto, que fica estocado geralmente nos fundos dos estabelecimentos, virou chamariz de assaltantes que, sem se preocupar em disfarçar a identidade, chegam geralmente a noite ou bem cedo, arrombam cadeados e portões, pegam o óleo e saem tranquilamente.

A situação tem provocado prejuízos tanto pela perda do produto, como também pelo conserto dos danos, afirma Fábio Aguayo, presidente da Abrabar. Segundo ele, donos de restaurantes, bares e lanchonetes de Curitiba, que tem sido alvos frequentes de quadrilhas especializadas, tem denunciado mais esse risco da atividade às autoridades. O atrativo principal é o alto valor do produto no mercado, afirma a entidade, que desde 2019 vem denunciando o crime, com a prisão de uma quadrilha na ocasião.

Um barril de 60 litros, segundo estimativas da Abrabar, tem um valor de R$ 300 a R$ 450 no mercado paralelo. O produto é insumo para indústria de biocombustível, de detergente e para falsificações que colocam em risco à saúde pública. Uma das falsificações mais comuns é, após a filtragem para retirar as impurezas, é uso como óleo ou azeite culinário.

Alvo recente

Em Curitiba, o alvo mais recente foi loja do Habibs, localizada no bairro Rebouças. No local, os assaltantes não tiveram sucesso no roubo do óleo. Pelas imagens das câmeras de vigilância, dá para ver que os assaltantes arrombaram o local errado. No espaço, são guardadas apenas as lixeiras.

O proprietário da loja, Gustavo Grassi, contou que antes da tentativa de assalto, a loja teria sido visitada por duas pessoas que foram pedir o óleo. “Mas, como temos contrato e por determinação ambiental, não podemos dar o óleo para ninguém, pois ele é rastreado”, explicou.

De acordo com as normas ambientais e sanitárias, os estabelecimentos precisam responder pelo destino dado aos resíduos da atividade. Empresas certificadas fazem a coleta e o descarte correto do óleo de cozinha usado em restaurantes, bares, lanchonetes e similares.

Reação

Conforme relato da segurança da loja, a equipe tática chegou a acionar a Polícia Militar (PMPR), mas quando eles chegaram, os assaltantes já tinham deixado o local. Grassi revelou que gastou cerca de R$ 28 mil após tentativas de furtos sucessivas ocorridas nas lojas da Silva Jardim e da Sete de Setembro. “Fui obrigado a colocar grades em todas as janelas”, disse.

Segundo Fábio Aguayo, os assaltantes têm roubando óleo de cozinha usado em plena luz do dia “Aqui em Curitiba várias quadrilhas agem descaradamente seja a luz do dia ou à noite, enganam funcionários ou arrombam os estabelecimentos, além de irem atrás do óleo usado de cozinha, que tem grande valor mercado, eles aproveitam para roubar outros objetos e pertences”, denuncia

Aguayo disse ainda que o setor está solicitando junto a segurança pública junto com a Prefeitura de Curitiba uma força tarefa conjunta com blitz e serviço de inteligência para interceptar e abordar veículos que transportam este tipo de produto. Num dos últimos casos em junho deste ano, a Abrabar compartilhou vídeo mostrando a ação da quadrilha agindo em plena luz do dia.

Assista abaixo vídeo da chegada dos marginais ao local arrombado

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