O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, respondeu enfaticamente às recentes manifestações do governo dos Estados Unidos em relação ao ministro Alexandre de Moraes. As declarações americanas, que surgem sob a alegação de monitoramento dos atos de Moraes, foram consideradas uma ameaça à soberania nacional pelo governo brasileiro. A reação de Dino visa proteger a independência do judiciário brasileiro.
Em sua resposta, Dino foi direto: “Não se inclui nas atribuições da embaixada de nenhum país estrangeiro ‘avisar’ ou ‘monitorar’ o que um magistrado do Supremo Tribunal Federal, ou de qualquer outro Tribunal brasileiro, deve fazer”. O ministro reforçou que o respeito ao direito internacional é fundamental nas relações diplomáticas entre os países. Sua declaração sinaliza uma postura firme do Brasil em defesa de sua autonomia.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, também expressou forte descontentamento com a postura do governo americano. O encarregado de Negócios da Embaixada dos EUA, Gabriel Escobar, foi convocado para prestar esclarecimentos sobre as declarações consideradas ameaçadoras. A escalada da tensão diplomática demonstra a seriedade com que o Brasil encara a interferência externa em seus assuntos internos.
O governo Trump sancionou Alexandre de Moraes com a Lei Magnitsky sob a acusação de censurar cidadãos, inclusive americanos, e de supostamente estar perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Diante desse cenário, Dino apelou ao bom senso e à moderação, destacando a importância de preservar as relações amistosas entre as nações. “Respeito à soberania nacional, moderação, bom senso e boa educação são requisitos fundamentais na Diplomacia”, afirmou o ministro.
Dino concluiu sua manifestação ressaltando a importância do diálogo e da parceria entre Brasil e Estados Unidos, especialmente nas áreas comercial, cultural e institucional. O ministro enfatizou que o respeito mútuo é essencial para a manutenção de uma relação saudável e benéfica para ambos os países. A expectativa é que a situação seja resolvida por meio de canais diplomáticos e que a soberania brasileira seja integralmente respeitada.
Fonte: http://www.metropoles.com
