A Polícia Federal (PF) iniciou a extração de dados do novo celular do ex-presidente Jair Bolsonaro na noite da última segunda-feira (4/8). A apreensão do aparelho, um Samsung Galaxy S24, ocorreu no momento em que Bolsonaro chegava à sua residência no Jardim Botânico, em Brasília. A medida é consequência da determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente.
Delegados da Diretoria de Inteligência Policial (DIP), setor responsável por investigações envolvendo Bolsonaro e seus aliados, conduzem o procedimento. O foco da perícia, segundo apuração do Metrópoles, é verificar se houve coordenação entre Bolsonaro e seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em relação a uma publicação nas redes sociais sobre as manifestações recentes.
A postagem de Flávio Bolsonaro, posteriormente apagada, continha um vídeo em que Jair Bolsonaro discursava durante as manifestações. A análise busca determinar se houve tentativa de obstrução da investigação por parte do senador, a depender do conteúdo encontrado no celular.
De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, a prisão domiciliar de Bolsonaro foi motivada pelo descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF, que o proibiam de utilizar aparelhos celulares, direta ou indiretamente. Esta é a segunda vez que a PF apreende um celular de Bolsonaro; o primeiro confisco ocorreu em 18 de julho, quando também foram impostas outras restrições, como o uso de tornozeleira eletrônica.
As manifestações, que ocorreram em diversas capitais do país, ganharam destaque com a participação de Flávio Bolsonaro no Rio de Janeiro. Durante o ato em Copacabana, o senador realizou uma chamada de vídeo para o pai, que declarou aos apoiadores: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade. Pelo nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.
Fonte: http://www.metropoles.com