O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), intensificou as medidas para conter manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro em Brasília. Em decisão proferida na última sexta-feira, Moraes proibiu a instalação de novos acampamentos em um raio de 1 km da Praça dos Três Poderes, da Esplanada dos Ministérios e, de forma expressa, nos arredores de instalações militares. A medida visa, segundo o ministro, prevenir a repetição de atos criminosos como os ocorridos em 8 de janeiro.
A decisão de Moraes ocorreu em meio a um protesto de deputados bolsonaristas que haviam se acampado na Praça dos Três Poderes. Os parlamentares, incluindo Hélio Lopes (PL-RJ) e Coronel Chrisóstomo (PL-RO), manifestavam-se contra as medidas do STF impostas a Jair Bolsonaro. Diante da ordem de remoção, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), foi acionado para negociar a saída dos manifestantes, evitando confrontos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado a remoção dos acampamentos e a possível prisão dos deputados em caso de resistência. A decisão de Moraes, além de proibir novos acampamentos, também vetou o acesso e a permanência de alguns deputados, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Cabo Gilberto Silva (PL-PB), na área em frente ao STF. A medida se estende a qualquer indivíduo que participe de atividades consideradas criminosas.
“Para garantir a segurança pública e evitar novos eventos criminosos semelhantes aos atos golpistas ocorridos em 8/1/2023, determino a proibição de qualquer acampamento em um ario de 1KM da Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios e, obviamente, em frente aos quartéis das Forças Armadas”, determinou o ministro em sua decisão. A decisão do Ministro Alexandre de Moraes demonstra a contínua tensão política e a preocupação das autoridades com a possibilidade de novos atos extremistas na capital federal.
Antes de acatar a decisão judicial, o deputado Hélio Lopes chegou a colocar um esparadrapo na boca em protesto, alegando que a liberdade de expressão estaria ameaçada no Brasil. Em suas redes sociais, Lopes declarou que o país não seria mais uma democracia, mas ressaltou que não estava incentivando ninguém a repetir seu ato.
Fonte: http://www.metropoles.com
