Adiantar o relógio em uma hora vai refletir em mais movimento no setor de gastronomia e entretenimento e permitir uma conivência maior entre familiares e amigos
A Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento, Lazer e Similares do Paraná (Feturismo), entidade filiada a Confederação Nacional de Turismo (CNTur), avaliou como positiva a possibilidade retorno do horário de verão, estudada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para evitar o racionamento de energia elétrica. A informação foi publicada pelo Poder 360 e confirmada pela Folha de S.Paulo, com ampla repercussão pela imprensa nacional.
A volta de “uma hora a mais por dia” tem sido cobrada por diversas entidades de turismo, gastronomia e entretenimento, desde que foi interrompida, no primeiro ano do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A volta do horário de verão, quando os relógios são adiantado em uma hora em algumas horas em determinadas regiões do país, pode ser adotada para evitar racionamento de energia, em razão da falta de chuvas.
“Avaliamos positiva a medida de alerta que poderia ter sido antecipada com campanha de educação e alerta ambiental. Esperamos que essa seja a nova diretriz da medida que foi sugerida desde o início pela CNTur e entidades filiadas como Futurismo no Paraná!”, comentou Fábio Aguayo, presidente da entidade paranaense, que encaminhou esta semana ofício ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira, responsável pelo setor.
Recursos naturais e conscientização
No documento, a Feturismo reafirma o apoio para a retomada do horário de verão em 2024, além de propor o uso moderado dos recursos naturais e campanhas contra negacionismo das mudanças climáticas e aquecimento global. “Nas entrevistas, Vossa Excelência cita a importância na economia, especialmente em nosso setor de Turismo, Gastronomia e Eventos, sem deixar de lado a questão ambiental”, destaca.
De acordo com a entidade, trata-se de um assunto de extrema importância, principalmente no momento em que o país se aproxima do verão 2024/2025, especialmente com um final de inverno tendo dias de muito calor e queimadas prejudicando ainda mais o ambiente climático. “Juntamente com o apoio de todas as entidades filiadas à CNTur, bem como, a entidade nacional, assim, reafirmamos o apoio à retomada do horário de verão”, destaca.
Evitar apagão
No ofício, a Feturismo solicita o pedido de apoio e a ajuda na data para definição, “pois não podemos esperar ter um novo apagão, ou, no auge do verão ter falhas no sistema de distribuição, quando aumenta o consumo de energia”, ressaltou. A entidade afirma ainda que, em conjunto com a retomada do horário de verão, será agregada uma campanha de conscientização junto à população.
“Visto que, o horário de verão não é somente adiantar o relógio, é passar uma mensagem que viramos a chave de volta para o consumo consciente e equilibrado dos recursos naturais (escassez de água, pois é um país que vive no modelo de hidroelétrica na maioria) e na mudança de postura contra a situação climática do planeta”. Além, segundo o documento, em função da economia, segurança e, em especial, a potencialização comercial e do turismo de várias atividades com a população, utilizando uma hora mais da luz natural.
“Desta forma, o setor do Turismo, composto por hotéis, bares, restaurantes, cadeia produtiva de eventos, com a certeza de contar com o valioso apoio do Governo Federal, apresenta o pleito de retomada do horário de verão, em especial, para a recuperação desta terrível crise climática, que é global”, concluiu o documento. O horário de verão foi extinto em abril de 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde então, o setor de lazer e entretenimento cobra o retorno da medida.
A volta do horário diferenciado, na avaliação de especialistas, pode beneficiar diretamente o setor de turismo, bares e restaurantes, já que o aumento no fluxo de pessoas nas ruas durante o final do dia prolongado tende a impulsionar o consumo e movimentar a economia local. “Inclusive, em recente declaração, o ministro se mostrou preocupado com a questão hídrica e as queimadas, estimando que a medida contempla nosso setor”, concluiu Aguayo.